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Our life

A nossa vida depende uns dos outros agora.

Que os nossos hábitos se alteraram para sempre todos concontramos. Não é novidade.


Já não podemos passear, já não podemos viajar, já não podemos ir a festas, ir a aulas, nem renovar o stock dos armários.

Já não conseguimos entrar em casa como dantes, onde sacudir os pés chegava...

Já não conseguimos abraçar um amigo, beijar a face de uma avó, saltar de braços dados num concerto da banda favorita. O mundo tornou-se esterilizado e com varrimentos de limpeza biológica.


Os engenheiros falam em novos sistemas de ventilação (retirados do principio antigo de circulação passiva de massas de ar e de movimentos verticais ar quente/ar frio), de novos esquemas de ares condicionados e novos filtros tecnológicamente avançados que estarão ao dispor em breve, dizem, para resolver. Não acredito. Não acredito na tecnologia sem a mudança da mente das pessoas que a utilizam. Tem que mudar-se hábitos, não só impostos por lei. Tem que mudar-se hábitos sociais permanentemente, não só por "educação" e agora por civismo e cultura. Temos que dar o salto também como pessoas.


Acredito numa nova disposição interior, num novo espaço de entrada que permita a limpeza. Acredito que o espaço de habitar vai mudar, vão-se repor as circulações de ar internas, novos materiais vão surgir e numa esterilização de mentalidades, vamos alterar a nossa forma de viver. Acredito que temos que viver sempre preocupados com o que entra em nossas casas, não só agora, e que temos que nos preocupar mais com os mais próximos, e não entrar no comboio da loucura urbana de vermos mais quem vive no país de fora do que o nosso tio.


Acredito que temos o dever de higienizar a nossa casa mais hoje, mas sempre antes. Acredito que os hábitos antigos foram esquecidos, que nos esquecemos por preguiça do que nos ensinaram : "lava as mãos antes de jantar", "tomar banho quando chegamos a casa", " deixa os sapatos na entrada e não ponhas a mala em cima da mesa". Certo?


Acredito numa revigoração de sentidos e sentimentos, que como humanidade já passamos por surtos semelhantes mas que foram muito distantes para os sentirmos na pele. Temos que os relembrar e relembrar o esforço dos que os conseguiram ultrapassar. E de como isso aconteceu.


Juntos.



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