Num lugar de sonho, difícil acompanhar a natureza.. perdem-se os dias, as horas, o tempo. Longe da civilização, a procura do simples aparece em cada gesto, e o projecto acontece. África tem destas coisas: primeiro estranha-se, depois entranha-se. E ama-se desde o primeiro momento, na imensidão da paisagem, na sensação de grandeza de mundo e pequenez do nosso tamanho nele. 

Difícil acompanhar a natureza, quando tudo é infinitamente bonito: o pequeno cágado que encontramos no jardim, o crocodilo que nos vigia ao longe, o insecto que é atraído pela luz, o morcego que quer entrar na cobertura, ou mesmo o macaco que vem roubar comida. Difícil acompanhar a natureza...

Difícil também acompanhar os antigos, que deixaram no lugar vestígios de um "germânico suave" com mais de 100 anos, que se pretende preservar e que em tudo é perfeito. Mas o tempo deixa marcas e é mais difícil ainda acompanhar a história dos antigos e ser-lhes parceira: não é só "não mexer e deixar assim", porque as coisas tem um tempo e o tempo de hoje é outro. mas ser coerente, sem tábua rasa e com contínuo.