O projecto em questão representou um desafio como arquitecta: como intervir no património arquitectónico com valor cultural e histórico? Que atitude tomar perante o legado: continuidade ou ruptura? 

A solução defendeu o bom senso, o conforto, a vontade de melhorar o existente, de o recuperar e apropriar aos tempos actuais, mas valorizando o antigo, o "velho", destacando-o e tornando-o o actor principal na peça em questão.

A necessidade de reoganizar as entradas na Capela, de forma a resolver a confusão que se estabelece quando muitos fiéis a utilizam, resultou no arranjo do espaço exterior adjacente, como fecho do quarteirão e resolução de cotas. Criam-se dois conjuntos de escadas/rampas para cada acesso, e reposiciona-se a porta lateral, formando uma espécie de adro a norte e resolvento o estrangulamento a poente.

No interior, reformulou-se o sistema de iluminação artificial, com jogos de sancas de luz, de forma a restruturar a capela lateral anexa ao corpo principal. Com a nova posição da porta lateral, estruturam-se as circulações internas, de forma a cirar o máximo de lugares sentados, e adorna-se o altar.

Os serviços são também reposicionados, de forma a garanir a segurança, o conforto e a utilizade dos espaços interiores e dos seus usuários.

Todo o mobiliário e adornos do ritual religioso foram desenhos elaborados especificamente para o caso.